domingo, 28 de junho de 2009

Ser jornalista é difícil... para todo o mundo


Não é só no Brasil que a vida de jornalista é difícil, e dessa vez eu prometo nem tocar no bendito assunto "obrigatoriedade do diploma" que obviamente deve ser discutido, mas não deve ser somente ele a ser discutido, existem outros temas que merecem espaço. Como por exemplo a situação da Venezuela onde ocorreram duas passeatas uma de chavistas que pediam o "fim do terrorismo na mídia" e outra de opositores que exigiam respeito à liberdade de expressão e ao canal de televisão privado Globovisión em pleno o dia do jornalista lá na terrinha de Hugo Chávez.



Vale ressaltar que essa não foi uma ação somente entre os profissionais do jornalismo. Milhares de pessoas se juntaram e caminharam junto dos repórteres pedindo a "defesa do acesso à informação" e "a perseguição à Globovisión" por parte do governo. A supracitada rede de TV venezuelana é conhecida por ser o canal de informação 24 horas que mais faz críticas ao governo e que por isso sofre diariamente com o doloroso corte da censura direta e indiretamente. Paralelamente, outras milhares de pessoas acompanharam outro grupo de jornalistas "socialistas" até a Assembléia Nacional, para entregar um documento que exige o "fim do terrorismo na mídia". "Esta pátria socialista quer comunicadores sociais, de meios alternativos e homens e mulheres com valores e ética socialista", disse Cilia Flores, presidente do Parlamento, ao receber o informe. Uma pena não existir esse tipo de apoio às tantas manifestações que existem aqui no Brasil.



Outro desafio para os jornalistas acontece na Itália, lar do modelo e atriz Sílvio Berluscone. Pois, o Sarney da terra da pizza (Sílvio controla cerca de 80 % dos veículos de telecomunicações) é o criador de uma tramóia que o tornará ainda mais o megaempresário das comunicações na Itália. Berlusconi, que já é conhecido por fazer leis para garantir-lhe o seu bem-bom inventou a Lei Alfano, um projeto que proíbe qualquer tipo de interceptação de telefonemas e de mensagens enviadas por celular e e-mail (exceto em casos de envolvimento com a máfia). A lei da mordaça além de dificultar e muito o trabalho do Ministério Público, estipula um tempo médio de 1 à 3 anos de prisão para o jornalista que publicar o conteúdo obtido de escuta ou obtidos de alguma investigação. Detalhe: desde 2005 existia uma pressão contra as intercepções , pois varias delas sobre investigações criminais envolvendo políticos, empresários e famosos foram publicadas.



Engraçado... Acho que já ouvi coisa parecida acontecendo aqui pelo Brasil.

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