domingo, 17 de outubro de 2010

Lulina - Balada do Paulista (no Estúdio ShowLivre)



puta meo

Independência de Facções

A imparcialidade é tida por muitos como principio básico do fundamental. Mas, se isso fosse verdade por que tantos colunistas e editorialistas tem lugar cada vez mais cativo nos grandes jornais? O que se vê hoje é que é muito importante o jornalista ter uma opinião, ao invés de ser somente um reprodutor de acontecimentos e falas de outros. Não existe mal algum em emitir sua opinião, mas deve-se ser justo com os leitores e deixar bem claro quais suas opiniões e preconceitos e também se ater aos fatos, sem tentativas de manipular o público. O compromisso básico do jornalista é fortalecer o fórum público com a população; não só apresentar o lado ganhador; não só apontar os erros, mas também indicar uma solução.

É importante o jornalista saber manter certa independência daqueles que cobrem. Jornalistas que ao mesmo tempo em que cobrem participam de tal evento, acabam deturpando as outras tarefas que um profissional de imprensa deve desempenhar. Fica difícil observar as coisas sob outras perspectivas. Fica inda mais difícil ganhar a confiança das fontes e dos integrantes dos diferentes lados. Por isso durante vários anos as grandes empresas de comunicação mantiveram regras rígidas sobre o envolvimento dos jornalistas com causas políticas, principalmente. Mas, também existem os exemplos do outro lado da moeda – os jornalistas que não veem nenhum problema em se meter no meio do mundo da política. Como William Kristol, editor da The Weekly Standart, que apareceu na TV como comentarista convidado oferecendo suas opiniões sobre os candidatos à presidência dos EUA, quando na verdade era correligionário e conselheiro particular do candidato Jonh McCain. Quando o jornalista tem algum caso pessoal com alguém do objeto de cobertura, o ideal é deixar bem claro ao leitor o tipo de envolvimento do repórter e dos personagens/objetos da cobertura.
Além de certa independência ideológica, o jornalista deve prezar também a independência de lado mais social. Deve-se procurar escrever para todos os públicos, não importando cor, crença ou condição econômica. O jornalismo deve ser feito para todos, e com uma escrita cada vez mais individualizada, acaba-se formando um hiato entre jornalistas e a população. O ideal de uma redação seria contar com pessoas das mais diversas categorias e origens sociais e assim produzir um jornalismo de várias perspectivas, que atinja grande parte da sociedade. O jornalista deve esquecer toda sua cultura e história pessoal e se manter fiel á origem do seu trabalho de manter as pessoas informadas, com informação veraz. Ser Independente de grupos e facções indica a existência de uma maneira de ser jornalista sem negar suas experiências de vida, mas também sem ser refém delas. Criar barreiras à informação baseado em crenças e opiniões acaba sendo uma deslealdade para com o público


[baseado no livro de Bill Kovach e Tom Rosenstiel - Elementos do Jornalismo]