quinta-feira, 25 de junho de 2009

Em defesa da queda do diploma


Maxwell dos Santos,no site observatoriodaimprensa escreveu que: “Ao contrário de médicos, advogados e engenheiros, cujas atividades trabalham com a vida e a segurança das pessoas (conseguintemente, precisam de cursos técnicos e diplomas que atestem sua capacidade profissional), o jornalista escora-se no dom do espírito, independente da natureza de sua profissional. O jornalista tem que ter uma formação cultural sólida, que não se adquire somente na faculdade, mas pelo hábito de leitura e exercício da prática profissional.”

Então quer dizer que uma matéria que qualquer pessoal leia no jornal, escute no radio ou veja na televisão não tem nenhuma ligação com sua vida? Que uma matéria sobre uma série de estupros ocorrendo em alguma cercania não é nenhum alerta a segurança? E não venha me dizer que uma pessoa que só trabalha e não tem nenhum tempo para a reflexão, que não tem nenhum contato com o mundo acadêmico superior para mostrá-lo os caminhos da boa leitura e da boa cultura tem um ótimo background. Duvido que a grande maioria do povo tenha interesse, assim do nada, para ler Nietzsche, Platão, Darcy Ribeiro, James Joyce, Franz Kafka... É o clima acadêmico que propicia essas leituras.

E onde seria que se aprenderia ética profissional? Numa redação cheia de pessoas que só querem o bem da empresa? Não senhor! É na universidade. É nela que surgem as mais diversas discussões sobre o tema e tentar aprender isso na pratica é como tentar ganha na megassena.

No mesmo texto deste senhor, ele coloca como argumento a liberdade de expressão. Só o que me resta é rir desse argumento. Então antes, quando o diploma era obrigatório todo mundo exceto os jornalistas podiam preferir suas opiniões? Acho que não... Melhor, tenho certeza que não.

Só para finalizar, o autor desse texto sempre afirma quis ser jornalista, tentou por dois anos e não conseguiu entrar e hoje cursa Historia na Universidade Federal do Espírito Santo, tendo pensado em reopção, mas desistido.

Nem preciso comentar...

1 comentários:

Calango! disse...

Lucas, sou obrigado a discordar de você. O meio acadêmico propicia muitas coisas, experiências que não se encontram em lugar nenhum. Mas a leitura (e os autores que você escreveu) não são de uso exclusivo dos acadêmicos não, QUALQUER pessoa que esteja interessada, pode lêr, e esse interesse não se adquire em um curso superior não. A prova é que conhecemos ínumeros universitários que se quer lerem um livro (por conta própria) em todo o curso, quando muito lêem, é por obrigação (prova, trabalho...). Então novamente eu falo, DIPLOMA NÃO QUALIFICA NINGUEM, é bom? É, mas não garante NADA. Faça uma pesquisa nos grandes nomes do jornalismo e você encontrará excelentes jornalistas, repórters, editores, que nunca frequentaram as cadeiras de um curso de jornalismo, e nós sentamos nas nossas cadeiras, dentro de uma sala de aula, pra estudar justamente sobre esses tais. Engraçado né? Abraço! ;)

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