quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Jornalista = Semi-Deus

Parece até um dos quesitos para ser jornalista: se achar tão inteligente, conhecedor das coisas do mundo, da sociedade, das pessoas, das verdades do mundo. É caso corriqueiro jovens jornalistas ainda iniciantes, e até alguns com alguma experiência adquirida, darem créditos bem maiores ao poder da mídia do que de fato acontece. Desde o inicio do semestre na universidade aprendemos coisas sobre a Escola de Frankfurt, Adorno, Teoria da Bala Mágica e o escambau. Tudo balela. A mídia pode ter seu poder sim, mas ele é muito SUPERestimado.

Não, não foi a Globo que elegeu Collor; a população tinha necessidades e Collor apareceu com seu discurso messiânico e foi eleito por causa disso. A mesma coisa com Hitler e o nazismo na Alemanha. É claro que a propaganda de Goebbles ajudou, mas a Alemanha passava por um estado deplorável e apareceu um carinha falando o que a maioria queria ouvir, que aquilo não deveria acontecer e que ele iria resolver. Não muito diferente do discurso que Lula fez para ser eleito, antes era só aquela pequena parcela de trabalhadores sindicalistas que votavam nele, mudou o discurso, agradou a maioria, ganhou.

"A mídia, a imprensa tem sua importância, mas não são A importância." - Foi essa a definição de Carlos Eduardo Lins da Silva, jornalista e ombudsman da FSP, ontem no Auditório da EMUFRN ao falar de mídia e sociedade. E bateu a tecla e firmou seu ponto de vista ao falar da manipulação da população pela mídia. “Tenho horror a quem diz isso” falou "Cacá" [graçapintofeelings] de toda essa questão que falei no 1º parágrafo. É essa a idéia que a maioria de alunos de jornalismo têm implantado nas raizes de seus conceitos - de que a população é massa de manobra e facilmente manipulada. A mídia nem de perto chega a combater com os conceitos criados no circulo familiar, de amigos, da religião. E é isso que os os futuros comunicadores devem tirar da cabeça.

O que existe hoje são varias conjecturas de jornalistas sentados em suas confortáveis poltronas que dizem "ah, a Globo uqe inventou isso", mas sem provas, sem dados empíricos.

1 comentários:

Calango! disse...

Rapaaaaz... não acho que todas estas coisas que estudamos na faculdade, e que você citou aí em cima, sejam balelas não. Muito pelo contrário, elas ajudam, e muito, e criar um censo crítico quanto a comunicação. E outra coisa. Acho que a análise da mídia e da sociedade nem é pra tanto, nem pra tão pouco. Não adianta repetir o discurso do Carlos Eduardo Lins atribuindo-lhe um caráter de senhor da razão, pois cairia no mesmo erro daqueles que acreditam na manipulação da Tv Globo na eleição de Collor.

Acho que o Carlos Eduardo Lins falou coisas bem interessantes e dignas de reflexão. REFLEXÃO! Ou seremos apenas uma massa amorfa de seres que se acham pensantes e apenas repetem os vereditos dados por aqueles a quem atribuimos uma maior experiência.

Abraços!

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